RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

segunda-feira, 18 de março de 2024

 

UM DOS MELHORES CARTUNS QUE JÁ VI


Uma pena não conseguir identificar o autor


 

PARA COMEÇAR A SEMANA






domingo, 17 de março de 2024

 


INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO 

AO LAÇADOR SERRANO


Da esquerda para a direita: Jornalista José Alberto Andrade, Secretário de Turismo
Rafael Castello Costa, Vice-Prefeito Thiago Teixeira, Léo Ribeiro e o artista Edmilson

Foto: Josiele Silva
 

Quinta-feira, dia 14, tive a honra de ser o mestre de cerimônias no evento de inauguração do Monumento ao Laçador em São Francisco de Paula. O ato foi prestigiado por diversas autoridades e um grande número de convidados.  

No ano de 1969, quando o homem pisava pela primeira vez na lua, realizava-se no CTG Rodeio Serrano o 14º Congresso Tradicionalista Gaúcho. Nesta ocasião Onésimo Carneiro Duarte, um próceres do Movimento, falou em seu pronunciamento que São Chico de Paula era uma das cinco cidades mais gaúchas do Rio Grande do Sul, ou seja, uma localidade que cumpria com autenticidade o seu papel na preservação de nossos costumes.

Na visão deste importante líder tradicionalista o jeito de falar, de cumprimentar, a sua indumentária típica, a encilha de seu cavalo, a gastronomia, a fama de seus gaiteiros e laçadores, tornava o município um exemplo de gauchismo.

Sabemos de passagens folclóricas de grandes laçadores como Maneco Pereira, de Rio Pardo, que laçava até mesmo com os pés, ou Euclides Guterres que laçou um avião de pequeno porte que fazia rasantes sobre sua propriedade em Santa Maria, mas poucos lugares se tem notícias da quantidade de exímios laçadores como em São Francisco de Paula. O Rodeio Internacional de Vacaria, o ícone destes eventos que tem no tiro de laço sua maior atração é testemunha disto. Tivemos 28 laçadores e 4 laçadoras campeões de Vacaria.

Além deste rodeio internacional, todos os fins de semana temos serranos erguendo troféus nas dezenas de festas campeiras pago a fora criando um estilo próprio que vem dos tempos dos laços pesados de couro cru até a evolução que as regras atuais nos permitem. As seguidas vitórias da Seleção de Laçadores de nosso município é testemunha disto, servindo de exemplo as crianças que crescem botando armadas em vacas paradas. Cabe destacar, também, visto que é um fato relativamente novo, a grande participação das mulheres nos Rodeios Crioulos e, neste contexto, a vitoriosa representação das prendas serranas.

Tudo isso e muito mais passa a ficar de maneira perene neste belo memorial do artista Edmilson Duarte Almeida, obra esta que recebeu todo apoio da administração municipal.

A rua dourada (avenida Júlio de Castilhos) é um museu a céu aberto. Na sua extensão estão encravados o símbolo da hospitalidade no Monumento a Cuia, a saga de nossos colonizadores nos memoriais aos tropeiros e aos carreteiros, as lendas do sul na estátua do Negrinho do Pastoreio (obra de Vasco Prado) e agora esta representativa escultura.

Se a estátua do laçador na entrada de Porto Alegre, um belíssimo trabalho em bronze do escultor pelotense Antônio Caringi, simboliza o povo gaúcho como um todo, nós também, nos píncaros da serra gaúcha, temos encravado em nossa avenida um marco que passa a simbolizar não somente o pessoal do lombo do cavalo mas todos aqueles que, como disse Onésimo Carneiro Duarte, ajudaram a tornar nosso município como um dos mais gaúchos do Rio Grande do Sul.


Monumento ao Laçador Serrano

 



sábado, 16 de março de 2024

 

ESTÂNCIA DA POESIA CRIOULA 

HOMENAGEIA O DIA DA MULHER



HOJE AS 15h, NA BIBLIOTECA PÚBLICA DO RS
Rua Riachuelo 1190 - Centro - Porto Alegre

 



MÚSICA BERTUSSI É PATRIMÔNIO 

CULTURAL E IMATERIAL DE CAXIAS DO SUL  


Paulo e Gilnei Bertussi recebem certificado 
Foto: Alice Corrêa 

Durante evento realizado no Parque Mário Bernardino Ramos, antecedendo o show comemorativo do centenário de Honeyde Bertussi na noite desta quarta-feira (13/03), a obra musical dos Irmãos Bertussi foi reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Município de Caxias do Sul. Os certificados foram entregues aos familiares, Paulo Bertussi, filho de Honeyde Bertussi, e Gilney Bertussi, filho de Adelar Bertussi.

Os Irmãos Bertussi nasceram em São Jorge da Mulada, interior de Criúva, então pertencente a São Francisco de Paula e atualmente anexada a Caxias. 

O Show Histórico “Centenário Honeyde Bertussi” contou com a participação de renomados artistas da música tradicionalista gaúcha, como Gildinho, Edson Dutra, Renato Borghetti, César Oliveira e Rogério Melo, Fernando Montenegro, Porquinha, Chiquito, Marines Siqueira, Paulo e Gilney Bertussi, entre outros. Além disso, houve apresentações do Quarteto de Jazz, da Orquestra Municipal de Sopros, com participação do acordeonista Rafael De Boni, e do Grupo de Danças Folclóricas Os Gaudérios. O evento marcou o encerramento das celebrações do centenário de Honeyde Bertussi.


sexta-feira, 15 de março de 2024

 

SOB NOVA DIREÇÃO


Reunião do Piquete Fraternidade Gaúcha 
contou com a prestimosa presença do Grão-Mestrado

Crédito: Irineu


Com a importante presença do Grão-Mestre Celito Cristofoli e do Grão-Mestre Adjunto Marcus Vinícius Bortolotto, além de alguns Ministros, aconteceu ontem a noite (14) a reunião de troca de patronagem do Piquete Fraternidade Gaúcha, braço tradicionalista da Maçonaria do Grande Oriente do Rio Grande do Sul. 

Após dois anos a frente da entidade Valmir Mendonça passou o cargo ao novo Patrão Charles Torres Zanchet (sentado a direita da foto). 

O Piquete Fraternidade Gaúcha é um importante elo de ligação da Ordem Maçônica com a tradição gaúcha e tem como destaque, na seara cultural, a realização da Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula. 

Desejamos uma profícua administração a nova diretoria.    


quinta-feira, 14 de março de 2024

 

QUE LINDA FESTA


Léo Ribeiro e Paulo Bertussi, com o pala de seda do Honeyde a meia espalda


Chegando ao despacito no rancho depois de umas andanças pela serra. Ontem a noite estivemos nas festividades de encerramento das comemorações pelo centenário de nascimento de Honeyde Bertussi que ocorreram durante todo o ano de 2023. O evento aconteceu nos Pavilhões da Festa da Uva, completamente tomado por um grande público, na cidade de Caxias do Sul. Uma produção impecável levou ao palco grandes nomes da nossa musicalidade gaúcha em momentos de muita emoção. Agradeço, honrado, ao Paulo Bertussi, filho do Honeyde, que há tempos vem trabalhando na preservação da memória do grande gaiteiro serrano. 

Saí direto de Caxias para ser o mestre de cerimônias na inauguração do Monumento ao Laçador, em São Francisco de Paula. Mas isto é um assunto para amanhã, pois agora o catre me espera. Total, ninguém é de ferro. 

 

  

quarta-feira, 13 de março de 2024

 

LAÇADOR SERRANO 


Monumento ao Laçador - Artista: Edmilson Duarte Almeida

Amanhã, dia 14 de março, estará sendo inaugurado o Monumento ao Laçador, em São Francisco de Paula. A obra é assinada pelo artista Edmilson Gonçalves Almeida e visa homenagear os laçadores de cima da serra, conhecidos por suas habilidades no manejo do laço. 

A escultura localiza-se na av. Julio de Castilhos, que está tornando-se um verdadeiro memorial a céu aberto em face do grande número de obras de artes voltados à cultura gaúcha ao longo de sua extensão. 

Fui convidado para ser o mestre de cerimônias do evento. Honrado pela lembrança, lá estaremos.      


terça-feira, 12 de março de 2024

 

TODOS CONVIDADOS



É amanhã, minha gente, dia 13, as 18h45, no Centro de Eventos do Parque Mário Bernardino Ramos (Festa da Uva) em Caxias do Sul. A entrada é franca. 

   


segunda-feira, 11 de março de 2024

 

ESQUECERAM DE NÓS


Na edição de hoje, 11 de março, o jornal Zero Hora traz uma imensa reportagem sobre o estado de abandono em que se encontra o Colégio Estadual Julio de Castilhos, em Porto Alegre. 

Neste mês de março esta tradicional escola completa 124 anos, embora o atual prédio tenha sido construído apenas em 1958. A instituição que abrigava em média 5 mil alunos hoje tem matriculados apenas 1.050 estudantes. A matéria aborda desde as parcas instalações até a falta de docentes. A educação como um todo parece estar num segundo plano aqui pelo Estado.

Em uma relação de personalidades políticas, intelectuais e cientistas que frequentaram as salsa do "Julinho" o jornal destaca nomes como Leonel Brizola, Ibsen Pinheiro, Paulo Brossard, Moacyr Scliar e outros. 

Talvez não seja importante para o contexto da matéria mas para nós que cultivamos nossos costumes tradicionais temos o dever de lembrar que foi ali, no ano de 1947, que aconteceu a primeira Ronda Crioula quando Paixão Côrtes e o Grupo dos Oito retiraram uma centelha da Pira da Pátria no Monumento ao Expedicionário conduzindo-a, a patas de cavalos, até as dependências desta instituição de ensino que abrigava diversos estudantes vindos do interior.

A partir dai foi criado um Departamento Tradicionalista no Julinho. O objetivo era achar uma trilha diante da perda da fisionomia regional, combater a descaracterização e reagauchar o Rio Grande. Em suma procuravam a identidade da terra gaúcha. 

Aprovada a ideia o Grêmio Estudantil do Julinho enviou um comunicado a imprensa da capital cujo primeiro parágrafo dizia: "O Grêmio Estudantil Julio de Castilhos, sentindo a necessidade da perpetuação das tradições gaúchas, fundou, aliando aos seus já numerosos Departamentos, o das Tradições Gaúchas, procurando assim, preservar este legado imenso dos nossos antepassados, constituído do amor a liberdade, grandeza de convicções representadas pelo sentimento de igualdade e humanidade. 

Fica o registro.             




domingo, 10 de março de 2024

 

NAQUELES TEMPOS


Eron Santos, Dirceu Santos e Peri Fogaça

No flagrante acima vemos três serranos, meus conterrâneos, dando uma volteada pela capital ali pelas dependências da Galeria Chaves, ao final da década de 50. É mais ou menos naqueles tempos de que Paixão Côrtes falava que o gaúcho interiorano chegava na "estação" rodoviária, tirava as bombachas e colocava uma "calça corrida" para não virar chacota no centro da cidade. 

Notem que as pessoas ficam admirando aqueles cernes de guajuvira passeando normalmente como se em São Chico de Paula estivessem. 

Ainda bem que nos tempos hoje andar de bombachas pelas alamedas da capital é algo rotineiro (pelo menos para mim). 


"Naqueles tempos, sim

Naqueles tempos

As portas eram altas

E alto o pé-direito das salas dessas casas

Mas eram simples as pessoas que as casas abrigavam

Os homens chamavam-se Bento, Honorato, Deoclécio

As mulheres eram Carlinda, Emerenciana, Vicentina

Os homens usavam barbas e picavam fumo em rama

As mulheres faziam filhos, bordados e rosquinhas

Os homens iam ao clube, as mulheres À missa

E homens e mulheres aos velórios

Morriam discretamente e ficavam nos retratos"


Resenha do poema Herança, de Apparício da Silva Rillo


 

sábado, 9 de março de 2024

 

REPONTANDO DATAS - 09 DE MARÇO


Num dia 09 de março do ano de 1865 nascia em Pelotas João Simões Lopes Neto, primeiro escritor gaúcho a publicar um livro (Contos Gauchescos e lendas do Sul).
 

 
João Simões Lopes Neto era filho de Catão Bonifácio Lopes e Teresa de Freitas Ramos. Com treze anos de idade, foi ao Rio de Janeiro para estudar. Retornando ao Rio Grande do Sul, fixou-se em sua terra natal, Pelotas, então rica e próspera pelas mais de cinquenta charqueadas que lhe davam a base econômica.

Simões Lopes Neto envolveu-se em uma série de iniciativas de negócios que incluíram uma fábrica de vidros e uma destilaria. Porém, os negócios fracassaram. Uma guerra civil no Rio Grande do Sul – a Revolução Federalista - abalou duramente a economia local. Depois disso, construiu uma fábrica de cigarros. Os produtos, fumos e cigarros, receberam o nome de "Marca Diabo", o que gerou protestos religiosos. Sua audácia empresarial levou-o ainda a montar uma firma para torrar e moer café, e desenvolveu uma fórmula à base de tabaco para combater sarna e carrapato. Ele fundou ainda uma mineradora, para explorar prata em Santa Catarina.

Casou-se em Pelotas, aos 27 anos, com Francisca de Paula Meireles Leite. Não tiveram filhos. Como escritor, Simões Lopes Neto procurou em sua produção literária valorizar a história do gaúcho e suas tradições. J. Simões Lopes Neto, sob o pseudônimo de "Serafim Bemol", e em parceria com Sátiro Clemente e D. Salustiano, escreveram, em forma de folhetim, "A Mandinga", poema em prosa. Mas a própria existência de seus coautores é questionada. Provavelmente foi mais uma brincadeira de Simões Lopes Neto.

Em certa fase da vida, empobrecido, sobreviveu como jornalista em Pelotas. Publicou apenas quatro livros em sua vida: Cancioneiro Guasca (1910), Contos Gauchescos (1912), Lendas do Sul (1913) e Causos do Romualdo (1914).

Morreu em Pelotas, aos 51 anos, de uma úlcera perfurada. Sua literatura ultrapassou as fronteiras do Rio Grande do Sul e do Brasil e hoje pertence à literatura universal, tendo sido traduzido para diversas línguas.

Simões Lopes Neto só alcançou a glória literária postumamente, em especial após o lançamento da edição crítica de Contos Gauchescos e Lendas do Sul, em 1949, organizada para a Editora Globo por Augusto Meyer e com o decisivo apoio do editor Henrique Bertaso e de Èrico Veríssimo.

O livro Lendas do Sul foi a primeira obra literária no idioma português a ser publicada na rede mundial de computadores pelo aclamado Projeto Gutenberg, um empreendimento sem fins lucrativos empenhado em disseminar grandes clássicos da literatura gratuitamente (ou a preços nominais) ao grande público.

Ao lançar a primeira edição de Lendas do Sul, seu autor anunciou que estavam por sair Casos do Romualdo, que viria a ser lançado em 1914, e Terra Gaúcha e a existência das obras inéditas Peona e Dona, Jango Jorge, Prata do Taió e Palavras Viajantes. Mas dessas obras só foram encontradas por Dona Velha, como era conhecida a viúva do escritor, o que seria o segundo volume de Terra Gaúcha.

Dos demais, nada se encontrou, levando a crer que, ao se referir a inéditos, Simões Lopes Neto tinha em mente obras que ainda planejava escrever.

Terra Gaúcha, embora incompleta, foi publicada pela Editora Sulina, de Porto Alegre, em 1955.

João Simões Lopes Netos foi singular em suas escritas retratando como nenhum outro o linguajar e o viver autêntico do gaúcho interiorano de sua época. 


sexta-feira, 8 de março de 2024

 

MULHER GAÚCHA

 


Hoje é o Dia Internacional da Mulher. A todas as "prendas" deste universo, a nossa reverência e o nosso respeito. A mulher sofreu, foi injustiçada, esperou, lutou e venceu. Em todos os postos, nos dias de hoje, vemos mulheres ocupando seu espaço com dignidade e brilhantismo. Sem precisar de auxílio que não fosse seu próprio esforço, tornou-se independente e competitiva dando um ar de transparência e impelindo competência nas áreas em que atua. 

Ainda falta muito para termos um pouco mais de igualdade. No Brasil existem cerca de 6 milhões de mulheres a mais que homens. Contudo, nem 1/3 dos cargos políticos eletivos são ocupados por mulheres. Tenho certeza que, se tivéssemos mais mulheres nos comandos, teríamos um mundo mais justo e sem guerras. 

Gosto muito de uma citação da terapeuta Efu Nyaki que diz: "Metade do mundo são mulheres. A outra metade, os filhos delas".     

E a vocês, Mulheres Gaúchas (e a todas com espírito de mulher gaúcha), batalhadoras, heroínas, incansáveis, a nossa eterna gratidão. Anas Terras, Bibianas, Caetanas, Anahys, Cabos Tocos, índias, bugras, mulatas, gringas, alemãs, etnias de coragem que forjaram nosso Estado com mãos protetoras mas rígidas, calejadas mas carinhosas, a nossa admiração e o nosso reconhecimento.

 
 
MULHER GAÚCHA

Com olhos profundos que cruzam neblinas,
sorriso sublime em tons de carmim,
és luz desta terra onde tudo germina
e o lençol de geada branqueia o capim.

Tu viu das janelas as fases da lua
e viu os teus filhos que bateram asas...
E quando peleavam na pampa charrua 
tu foste um esteio cuidando das casas.


E hoje vivendo num mundo moderno

não fica no rancho fazendo oração,
se vai pra labuta, verão ou inverno, 
é mais que um esteio, é o próprio galpão. 

És dona de casa, doutora, campeira,
esperança de um tempo zebruno e rançoso.
Mulher do meu pago, Anitas guerreiras,
flores que se abrem num chão arenoso.

Mulheres gaúchas, tão belas, tão vivas,
a vossa existência motiva meus versos. 
O velho Rio Grande é a querência nativa
das prendas mais lindas de todo universo. 

Poesia: Léo Ribeiro
Foto: Site Inema


quinta-feira, 7 de março de 2024

 

14 ANOS SEM LEONARDO

No dia 07 de março de 2010 falecia de insuficiência renal, aos 71 anos, na cidade de Viamão, o cantor Jader Moreci Teixeira, o Leonardo. 

Compositor da primeira linha, músico, cantor, Leonardo possuía um currículo musical impressionante. É, até hoje, um dos artistas mais ouvidos do pago sulino sendo autor de composições como: Viva a Bombacha, Tertúlia, O Homem do Pala Branco e, principalmente, Céu, Sol, Sul, Terra e Cor, um hino não oficial do Rio Grande.

Muitos desconhecem, mas o grande cantor Leonardo começou sua vida artística como palhaço de circo, o "Zé Sabugo". Vinha daí o seu jeito bonachão, sua alegria e a eterna vontade de "empunhar" um parceiro.

Leonardo se destacou ao lado do Grupo Os Três Xirus. Posteriormente, tocou junto com os Vacarianos e, por fim, dedicava-se a uma carreira solo de sucesso onde saiu-se vencedor em inúmeros festivais por esse Rio Grande afora.

Leonardo era integrante do Piquete do qual faço parte (Fraternidade Gaúcha) e meu Irmão de uma Ordem Maior. Pessoa humilde, amiga, um grande gaúcho. 





quarta-feira, 6 de março de 2024

 

ALGUMAS DO GENERAL FLORES DA CUNHA


Ontem fizemos uma postagem sobre a data de nascimento do General Flores da Cunha. Como era uma figura folclórica hoje postamos um pouco de suas "tiradas".  


General Flores da Cunha

Jamais o tipo clássico do gaúcho superior esteve tão bem representado na chefia do executivo do Rio Grande do Sul como no período de 1930 a 1937, quando José Antônio Flores da Cunha foi sucessivamente interventor federal e governador. Filho de Sant'Ana do Livramento, do sangue castelhano herdou a valentia, a eloquência, o gosto por emoções fortes, a generosidade, a rebeldia, o espírito alegre, apaixonado e sedutor. Se acrescentarmos outros atributos pessoais como a razoável cultura, inteligência aguda, capacidade de liderança, teremos os ingredientes para compreender o fascínio que exerceu sobre todos com quem conviveu.

A margem dos acontecimentos históricos relacionados com ele, há fatos engraçados e pitorescos, bastante ilustrativos e caracterizadores da época. Alguns destes causos retiramos do livro Anedotário da Rua da Praia, Vol. 2, de Renato Maciel de Sá Junior, Editora Globo, e vamos repassar, paulatinamente, aos nossos leitores:   

1 - As divergências entre Getúlio Vargas e Flores da Cunha acentuavam-se rapidamente naquele segundo semestre de 1937. Flores, governador desde 1935, vivia em permanente exasperação, e quem sofria eram os subalternos do palácio. Certo fim de manhã, apareceu para visitá-lo seu amigo e deputado federal João Carlos Machado, figura espirituosa e simpática, a quem os assessores pediram para alegrar o chefe. Quando Machado entrou Flores foi direto ao assunto: 

- Quais são as novidades?

- Novidades, general? Pois olha, acabo de assistir um fato muito contristador. Não é que, justamente quando o gringo jardineiro do palácio estava urinando lá nos fundos, apareceu um marimbondo e picou o membro do coitado? Levaram-no berrando de dor para o pronto-socorro, junto com sua mulher. Antes de atendê-lo o médico procurou acalmar a esposa: "A senhora não se preocupe, com uma injeção a dor passa logo". Quando o doutor ia saindo a italiana segurou-o pelo braço e pediu com os olhos brilhando: "doutore, vou lhe fazer um pedido; tire a dor mas, per favore, no tire o inchume!".



terça-feira, 5 de março de 2024

 

REPONTANDO DATAS - 05 DE MARÇO

NASCE FLORES DA CUNHA

 
 Flores da Cunha
 
José Antônio Flores da Cunha nasceu na estância São Miguel, uma das propriedades rurais de sua família, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul no dia 05 de março de 1880. Era filho de Evarista Flores e Miguel Luís da Cunha. Casou-se em 1905 com Irene Guerra. Estudou em São Paulo; depois, no Rio de Janeiro, onde se bacharelou em Direito em 1902. Após formado, atuou como delegado no Rio de Janeiro e como advogado em Santana do Livramento e Uruguaiana, destacando-se pela eloqüência.

Em 1909, filiado ao Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), iniciou carreira política como deputado estadual. Iniciou seu primeiro mandato como deputado federal em 1912, eleito pelo Ceará. Em 1917, foi reeleito, desta vez pelo seu estado natal, renunciando ao mandato em 1920 para concorrer à prefeitura de Uruguaiana, sendo eleito com expressiva votação. Em 1923, destacou-se como chefe militar legalista na luta que conflagrou o Rio Grande do Sul, opondo os partidários do governador Borges de Medeiros aos oposicionistas liderados por Joaquim Francisco de Assis Brasil. Renovou seu mandato de deputado federal em 1924. Em 8 de outubro de 1925 prendeu Honório Lemes e garantiu sua integridade quando populares quiseram linchá-lo. Reeleito deputado federal em 1927, renunciou em 1928 para ser eleito senador.

Atuou ativamente na revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à chefia do país em novembro daquele ano. No dia 28 de novembro de 1930 foi nomeado interventor no Rio Grande do Sul. Ajudou a fundar o Partido Republicano Liberal (PRL), em novembro de 1932. Na Revolução Constitucionalista de 1932 permaneceu leal a Getúlio Vargas. Em abril de 1935 foi eleito governador do Rio Grande do Sul, exercendo o mandato até outubro de 1937. No mesmo ano da eleição, já como governador constitucional, começou a se afastar do presidente Vargas. Buscando ampliar sua influência política nacionalmente, envolveu-se em disputas sucessórias em outros estados, como Santa Catarina e Rio de Janeiro. Defensor do federalismo, atritou-se com os setores militares que, como o general Pedro Aurélio de Góis Monteiro, defendiam a centralização do poder no governo federal. Em 1937, rompido com Getúlio Vargas, foi forçado a deixar o governo gaúcho. Exilou-se, então, no Uruguai e só voltou ao Brasil cinco anos depois, durante a Segunda Guerra Mundial, quando cumpriu pena de nove meses na Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Foi libertado por Vargas em 1943.

Em 1945, participou da fundação da UDN, legenda pela qual se elegeu deputado constituinte. Nas eleições para sucessão de Vargas, faz campanha para o Brigadeiro Eduardo Gomes. Reelegeu-se deputado federal em outubro de 1950 e em outubro de 1954, sempre na legenda udenista. Assumiu a presidência da Câmara dos Deputados no dia 8 de novembro de 1955, substituindo o deputado Carlos Luz, que fora empossado na chefia do Executivo Federal em virtude do afastamento de Café Filho por motivos de saúde. Coordenou as sessões que garantiram a posse de Juscelino Kubitschek. No mesmo ano, rompeu com a UDN e renunciou à presidência da Câmara.

Em 1958, aos 78 anos de idade, foi eleito pelo PTB, mas morreu antes do fim do mandato. Foi sepultado em Santana do Livramento.


segunda-feira, 4 de março de 2024

 

21º ACAMPAMENTO DA CANÇÃO NATIVA


integrantes da composição vencedora


Fonte: Blog Rondas dos Festivais / Jairo Reis

A milonga intitulada Fruta de Tapera, de autoria de Francisco Brasil e Vitor Amorim, interpretada por André Teixeira, conquistou o troféu de Primeiro Lugar no Acampamento da Canção Nativa, festival de músicas inéditas, cuja 21ª edição foi realizada nos dias 01 e 02 de março, no Parque do Trabalhador, onde também se desenvolve a programação do 44º Rodeio Nacional de Campo Bom.

O público que prestigiou a grande final da qualificada mostra competitiva, pode apreciar também o espetáculo do cantor Joca Martins.

Ao final, a comissão julgadora composta por Adriano Lima, Érlon Péricles, Lucas Gross, Rogério Ávila e Xirú Antunes, após analisar criteriosamente as  14 (quatorze)  composições finalistas apontou os destaques do 21º Acampamento, cujo resultado completo pode ser conferido a seguir:

 

Primeiro Lugar: 

FRUTA DE TAPERA

Ritmo: Milonga

Letra: Francisco Brasil

Melodia: Vitor Amorim

Interpretação: André Teixeira

Pedro Terra: violão;

Gustavo Otesbelgue: violão;

André Teixeira: violão;

João Paulo Deckert: bandoneon;

Carlos de Césaro: contrabaixo acústico;

Adriano Silva Alves: recitado

 

Segundo Lugar: 

A CURA E O VENENO

Ritmo: Milonga

Letra: Matheus Bauer

Melodia: Pirisca Grecco

Interpretação: Maria Alice

Guilherme Castilhos: violão;

Paulinho Goulart: acordeon

Marcelo Caminha Filho: contrabaixo;

Pirisca Grecco: cajon e vocal;

Texo Cabral: flauta

 

Terceiro Lugar:

ESTRELA DO PASTO (O Mapa Pra Tua Morada)

Ritmo: Milonga

Letra: Sérgio Carvalho Pereira

Melodia: Juliano Gomes

Interpretação: Fabiano Bacchieri

Luciano Fagundes: violão;

Quinto Oliveira: violão;

Ricardo Comasseto: gaita botoneira;

Daniel Zanotelli: flauta transversal;

Eduardo Varela: teclado;

Juliano Gomes: contrabaixo

 

Melhor Intérprete:

MARIA ALICE

Música: A Cura e o Veneno

 

Melhor Instrumentista:

EDILBERTO BÉRGAMO

Instrumento: Gaita Botoneira

Música: Chamarrita Pontezuela

 

Melhor Poema:

ESTRELA DO PASTO (O Mapa Pra Tua Morada)

Autor: Sérgio Carvalho Pereira

 

Melhor Melodia:

DE VOLTA

Autor: Pingo Martins

 

Melhor Arranjo:

FRUTA DE TAPERA

 

Música Mais Popular:

DE VOLTA

Ritmo: Chamamé

Letra: Pingo Martins

Melodia: Pingo Martins

Interpretação: Cairon e Gustavo

Gustavo Ortácio: violão base;

Lincon Ramos: acordeon;

Carlos Möller: violão solo;

Anderson Vieira: contrabaixo

 

*Imagens captadas da transmissão da TV do Gaúcho.


domingo, 3 de março de 2024

 

REPONTANDO DATAS - 03 DE MARÇO


Monumento a Teixeirinha em Passo Fundo
Obra do artista Paulo Batista Siqueira

Num dia 3 de março, do ano de 1927, nascia na localidade de Mascarada, então pertencente a Santo Antônio da Patrulha e hoje ao município de Rolante, Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha, filho de Saturno Teixeira e Ledurina Mateus Teixeira. Teixeirinha consagrou-se com a música Coração de Luto aonde retrata o episódio do incêndio em sua casa, fato que vitimou sua mãe.  Antes disto o Rei do Disco - ninguém vendeu mais que ele no Brasil - foi dono de banca de tiro ao alvo, caminhoneiro e outras profissões que o ajudaram a manter-se até ser reconhecido. 

Em diversas localidades como Passo Fundo e Rolante existem monumentos em sua homenagem. A RS 020 que liga Porto Alegre a Taquara carrega seu nome.  

Nosso blog, no ano de 2020, recebeu da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul o Prêmio Vitor Mateus Teixeira pelo trabalho de divulgação da cultura regional gaúcha.  



sábado, 2 de março de 2024

 

PARTE DESTE PLANO EXISTENCIAL

O GRANDE GAITEIRO 

PAULINHO SIQUEIRA


Léo Ribeiro, Daltro Bertussi e Paulo Siqueira

No dia em que festejamos a data de nascimento de um saudoso amigo (Porca Véia - 02 de março) outro grande gaiteiro deixa este plano existencial para ir alegrar as Sesmarias do Infinito. Me refiro a Paulinho Siqueira, mestre do acordeom, que por muitos anos tocou com Honeyde Bertussi quando seu filho Daltro deixou o grupo. 

Paulinho Siqueira foi um dos melhores executores deste instrumento que conheci e vinha enfrentando um câncer há longo tempo. Infelizmente perdemos mais um amigo para esta enfermidade. 

Vai com Deus, Paulinho, novamente formar dupla com outros acordeonistas nos palcos do CTG Querência da Eternidade.     



 

REPONTANDO DATAS - 02 DE MARÇO

Num dia 02 de março do ano de 1952 nascia na localidade de Pontão, então pertencente ao município de Lagoa Vermelha, o grande amigo e carismático gaiteiro Elio da Rosa Xavier, o Porca Véia.

Quanta saudade de nossos entreveiros, meu parceiro velho.  


Sentimento de Trovador. Autoria: Doné Teixeira na interpretação de: Porca Véia 



 

sexta-feira, 1 de março de 2024

 

REPONTANDO DATAS / 1º DE MARÇO


MORRE FRANCISCO SOLANO LOPEZ


Morte de Solano Lopez no Arroio Aquidabán
Pintura de Adolfo Methfessel 


A Batalha de Cerro Corá ou Aquidabanigui foi o último confronto da Guerra do Paraguai. Foi travada  no dia 1 de março de 1870, nas imediações de Cerro Corá, 454 quilômetros ao nordeste de Assunção. É notória por ter sido a batalha em que Francisco Solano López, presidente paraguaio, foi morto às mãos do Exército Imperial Brasileiro.

A Guerra do Paraguai perdurava por mais de cinco anos e, após numerosas batalhas, o exército paraguaio havia sido reduzido a velhos, doentes e crianças. A batalha de Campo Grande foi o último grande combate do conflito, que a partir de então se restringiu à lutas ocasionais, nos meses finais de 1869 e início de 1870. Neste período, o Conde d'Eu organizou expedições à procura de Solano López, seguindo o caminho que sua coluna havia passado. No trajeto os homens de López e os de Conde d'Eu faziam sofrer a população civil, seja por causa de supostas conspirações contra López, ou dos saques e maus-tratos infligidos pelas tropas imperiais. No dia 8 de fevereiro de 1870, López e sua coluna atingiram Cerro Corá.

As condições no acampamento eram deploráveis, com as quinhentas pessoas que acompanhavam López no extremo da fome e miséria. Em Cerro Corá abatia-se uma rês por dia, para alimentar a todos. Consequentemente, as posições defensivas organizadas pelo marechal eram deficientes, e a isso somava-se o fraco armamento presente. As tropas brasileiras, com cerca de 2 600 homens sob o comando do general José Antônio Correia da Câmara, se aproximaram e cercaram o acampamento, sem este saber. No dia 1º de março atacaram em duas frentes: pela parte frontal e pela retaguarda. Os dois pontos defensivos, um no arroio Tacuara e o outro no arroio Aquibadán, caíram rapidamente e o assalto ao acampamento durou poucos minutos, com a resistência se dispersando logo em seguida.

López foi cercado pelos brasileiros e, após negar a se render, foi ferido a lança pelo cabo Francisco Lacerda, gaúcho apelidado de Chico Diabo, se embrenhando na mata logo em seguida. O general Câmara o seguiu e o achou próximo ao arroio Aquibadán, onde negou-se novamente a render-se, sendo alvejado no coração pelo também gaúcho João Soares. Os fatos sobre sua morte são cercados por divergências e imprecisões. Logo em seguida a batalha foi encerrada, com cerca de 240 paraguaios presos e sete imperiais feridos. O tempo fez surgir interpretações acerca da figura de López, retratando-o tanto como um tirano cruel quanto a um grande líder paraguaio. No decorrer dos anos, o nome Cerro Corá se tornaria parte da cultura paraguaia, batizando ruas e parques. 

Tocamos neste tema porque nosso Estado foi uma da federações que mais enviou soldados para a guerra e por ser palco de violentos combates, como a invasão de Uruguaiana. 

Pessoas que haviam lutado por 10 anos na Guerra dos Farrapos se uniram para defender o Império, como foi o caso do general Antônio de Sousa Netto, que morreu em Corrientes, Argentina, após um combate. 


CHICO DIABO 

O GAÚCHO QUE MATOU SOLANO LOPEZ


Gravura de Chico Diabo - autor desconhecido


Existem histórias que, dependendo de como são contadas, passam por diferentes interpretações. Enquanto, em um contexto, alguém possa parecer bom, em outro, a índole da mesma personagem ganha distintas proporções.

Esse é o caso de José Francisco Lacerda, ou Chico Diabo. Eternizado pela história militar brasileira, o gaúcho é comumente considerado um herói nacional. Quando sua lenda é contada por paraguaios, contudo, as coisas mudam um pouco de figura.

Conhecido como o responsável pela morte de Francisco Solano López, o soldado brasileiro é considerado um grande vilão no imaginário do Paraguai.

Nascido em Camaquã, um município do Rio Grande do Sul, em 1848, Francisco Lacerda era um menino brincalhão, vindo de uma família muito pobre. A condição econômica, inclusive, fez com que ele começasse a trabalhar muito cedo.

Aos precoces 15 anos, Chico foi apresentado ao mundo da violência quando deixou que um cachorro entrasse na carniçaria onde trabalhava. Furioso com os prejuízos, o patrão do menino, um italiano rígido, começou a espancá-lo.

Reza a lenda que, desesperado e lutando pela própria vida, Chico agarrou uma faca e matou seu chefe. Jovem e amedrontado, ele correu para casa e, quando estava subindo a rua, foi reconhecido pela mãe, que o chamou de diabinho.

Mesmo em meio a um contexto tão terrível, o apelido se espalhou e o menino logo tornou-se Chico Diabo. Com medo das consequências do assassinato, no entanto, o jovem foi enviado para a propriedade de seu tio Vicente Lacerda, em Bagé.

Não demorou muito até que Chico entrasse no universo militar, em 1865. Na ocasião, os Voluntários da Pátria visitaram a casa de Vicente e, convidado pelo coronel Joca Tavares, o jovem gaúcho aceitou fazer parte do pelotão.

Anos mais tarde, em meados de 1870, o soldado e seus companheiros foram enviados até a Guerra do Paraguai. Durante o conflito, Chico foi promovido a cabo e, logo em seguida, lutou na Batalha de Cerro Corá, cujo desfecho o consagrou como herói.

Em meio ao terrível embate, enquanto cavalos galopavam por um lado e facas brandiam pelo outro, Chico Diabo acertou um golpe fatal. Sua lança, comprida e afiada, havia perfurado a carne do ditador Francisco Solano López.

Como se não fosse o suficiente, o gaúcho João Soares ainda alvejou o oponente com seu revólver. Aquele era o fim do homem que, para o Paraguai, era um herói nacional e, para o Brasil, não se passava de um líder sanguinário.

Diversas teorias surgiram após o fim do conflito, dizendo que Chico Diabo teria descumprido ordens ao matar Solano. Outras fontes, entretanto, indicam que havia uma recompensa de cem libras de ouro para quem acabasse com o ditador.

Pelo considerado grande feito, Chico Diabo recebeu cem cabeças de gado e reivindicou a faca que Solano usava no dia do combate. Em 1871, o gaúcho voltou para o Brasil e casou-se com sua prima, com quem formou uma família — cujos membros vivem até hoje e, na tradição oral do Sul, crescem escutando a história do homem.


Chico Diabo é o terceiro, em pé, da esquerda para a direita
aqui já prestando serviços a Joca Tavares na Revolução Federalista